ONDE ESTÁ O
AMOR SE NÃO EM SUAS PEQUENAS ATITUDES ?
‘HÁ DUAS
SEMANAS, ENQUANTO UMA CHUVA DESTRUIA PARTE DE CURITIBA, EU DIRIGIA A CAMINHO DE
CASA. ESTAVA PASSANDO POR UMA RUA SINUOSA, BARRENTA E ESCURA QUANDO OUVI ACIMA
DO BARULHO DA CHUVA, O CHORO DE UM CACHORRINHO.
REPAREI
ENTÃO QUE ELE ESTAVA CORRENDO ATRÁS DO MEU CARRO, COMO QUEM PEDIA POR AJUDA.
PAREI, NÃO ME CONTIVE. A IMAGEM QUE ME VEIO DELE ERA DE UMA INOCÊNCIA TÃO
GRANDE QUE DESCI DO CARRO E O TROUXE PARA DENTRO. SABIA QUE SE NÃO O FIZESSE
ELE IRIA MORRER. FIZ O RESTO DO CAMINHO ATÉ CHEGAR EM CASA, PENSANDO EM DUAS
COISAS : 1º, TINHA QUE SALVA – LO; 2º, CONVENCER MINHA MÃE A FICAR COM ELE.
NO MOMENTO
A QUESTÃO NUMERO 1 ERA A MAIS IMPORTANTE, ENTÃO ASSIM QUE CHEGUEI EM CASA,
DESCI CORRENDO COM ELE NO COLO, PEDINDO PARA MINHA MÃE TRAZER RAÇÃO.
ASSIM QUE
ELA VIU O ESTADO DAS MINHAS ROUPAS, QUE ESTAVAM CHEIAS DE BARRO GRAÇAS AO MAU
TEMPO, ELA ENLOUQUECEU, MAS FEZ O QUE PEDI. DESCOBRI QUE O CÃOZINHO NÃO COMIA
RAÇÃO, E ENTÃO, SEM SABER O QUE FAZER, DEI – LHE ARROZ COZIDO, E ELE COMEU
TUDO. NESSE MOMENTO SURGIU NÃO APENAS O AMOR DE TODOS POR ELE, MAS TAMBÉM O
NOME DO NOVO INTEGRANDE, ARROZ.
MINHA
NAMORADA COSTUMA DIZER QUE GRANDES HISTÓRIAS NASCEM DE PEQUENOS MOMENTOS.
CONCORDO COM ELA. PARA O NOSSO GRANDE AMOR, O MOMENTO FOI UM PEQUENO SORRISO,
PARA A ADOÇÃO DO ARROZ, FOI UM CHORO PRATICAMENTE INVISÍVEL’